sexta-feira, 7 de junho de 2013

Marla 01

Encontrar-se perdido, longe disso tudo, diferente a estes rosotos que se perdem na sombra da fumaça dos carros. É estranho não entender o motivo das coisas serem assim, tão demasiadas. Realmente, as pessoas não são iguais e chega um momento em nossas vidas em que acabamos por entender isso. Caimos, os anjos já não nos acompanham, parece que não há mais ninguém para gritar. Parece que é o fim, nossa história acabou. Tudo acaba entrando em um buraco perverso, uma vida insana e medíocre...
Não, eu não queria ter me perdido desta maneira, não queria ter começado nessa ultra violência, não, eu não queria ter me tornado esse ser que mesmo ao abaixar para rezar, se torna mau, se torna diferente, se torna estranho a si mesmo. Parece que estou a só, e que a única saída disso tudo é essa vida de insatisfações, essa visão de que nunca sou bom o bastante.
Cair nos vícios foi um erro, porém uma saída. Quando não há algo em que se possa apoiar, nós procuramos outros caminhos, e este foi o que escolhi e não. Não adianta olhar horas para esta cruz cravada na parede do meu quarto, ela não anda a me trazer luz, essas vozes não se calam em nenhum momento. Sou manipulada a isso. Diferente, estranha...
Insisto em dizer-me o que não sou, por quê tão estranho? Minha vida, por quê nasci assim? Procuro saber, mas respostas? Estas acabam, estas somem, como a todos.
Será que em meio a tanta gente estou só?
Não sei, não sei o que será, não sei como sair. Só sei que esse parece ser o fim que nunca quis. Esse parece ser o dia que não acaba, espero que um dia toda essa luta tenha fim.

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