terça-feira, 28 de maio de 2013

Fila de banco

Em uma fila e banco ele despe sua mente.
Olha ao redor e excita seus pensamentos.
O tempo passa. Tic Tac, Tic Tac.
Está atrasado, tem uma vida pra viver.
Mas em uma fila de banco ousa se prender.

Numa fila de banco olha os rostos rígidos.
Cheios de pressa, cheios de dor, cheios de rancor.
O tempo trava. T I C T A C.
Tem um compromisso a ser cumprido.
Mas nesta fila de banco ousa ficar.

Na mesma fila de banco ele continua.
Seu tênis sujo e desamarrado.
Já não se importa com o compromisso.
Só se importa em entender o por quê de
nessa fila o tempo parar e o choro da
criança continuar. T  I  C.

O tempo acabou e nessa mesma fila de banco 
ele ainda está.
Será que alguém, algum dia, irá se importar?
Ele, por si só, não se importa mais.
Na realidade, ele nunca se importou.
tic tac tic tac tic tac...

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