sábado, 21 de março de 2015

Não pensávamos que chegaria, mas chegou e bem mais rápido que o planejado.

Não pensávamos que chegaria, mas chegou e bem mais rápido que o planejado.
Muitas das tantas vezes esquecemos que a vida é só uma linha inconstante, uma corda bamba que passa escorrendo por nossas mãos, muitas vezes esquecemos que os momentos são únicos e passageiros e que o para sempre tem data de término. A correria humana nos faz esquecer de que daqui seis meses nada será certo, de que seremos jovens sozinhos procurando emprego, esquecemos de que as memórias, talvez, não possam mais se concretizar.
O problema é que sou dos mais sentimentais e já sinto a perda da inconsequência, a perda de toda adrenalina que possuímos nesses três anos, mas prezo pela constante amizade, prezo pelo amor que cultivei e prezo pelos frutos de todas essas preocupações. Mesmo que daqui a seis meses tudo seja incerto eu quero continuar contado com os mesmos rostos, para chorar e rir, para divertir-me, para viver.
Ainda não acabou, mas já penso muito nesse fim, esse fim de lembranças perdidas, de momentos vividos e dos tantos que poderíamos ter aproveitado. Esse fim está me causando uma explosão: estou aprendendo o tal Carpe Diem, estou aprendendo o sentido de único e sei que tudo isso que já se passou foi único e que o agora deve, a cima de tudo, ser vivido, pois também é único.
Mesmo que doa, eu sei que é necessário e é uma porta que se abre ao fim desse ano. Mas meus caros amigos, estou com medo, é um medo que consome meu peito e dilacera minha alma, é um medo do desconhecido, é um medo da queda livre. Mas mesmo com esse medo eu quero dizer que: confio em vocês e mesmo se nada der certo para nós, um dia dará.
A vida começa a se mostrar a partir de agora, a pressão, o medo e a inconstância. Não pensávamos que chegaria e me lembro dos devaneios a respeito desse ano, me lembro da ânsia pelo fim, o problema é que o fim chegou e bem mais rápido que o planejado. Não estamos preparados, não estamos seguros e nem queremos essas portas abertas, quero as asas de mãe, mas sinto a necessidade de voar, de pular dessa montanha e desaguar nesse rio, que tal se chama vida. E para finalizar essas lamentações que tanto gritam em meu peito, digo: não sei ao certo quem seremos nós daqui um ano, mas em minha mente, em meu coração e em minha alma, vocês serão sempre o porto seguro que tanto me ajudaram, serão sempre aquela mão que me levavam à casa, serão minha família escolhida a dedo, serão pai e mãe quando estes se forem, são meus irmãos mandados por uma força maior. Mesmo que daqui um ano não nos conheçamos mais e todos nossos caminhos sejam embaralhados e todas as coisas começarem a ser diferentes, eu estarei aqui, pensando em tudo que vivemos e em tudo que um dia (eu sei que sim) iremos viver.
Este ano é o mais difícil, é como ter que soltar a mão da mamãe no primeiro dia de aula da alfabetização. São incertezas, são medos, são desejos. E acima de tudo, é uma grande aprendizagem que eu quero carregar pelo mundo a fora.
E mesmo que doa, mesmo que sangre eu quero correr, nas tuas mãos eu quero lavar meus olhos e quero que ao fim lembremos de que tudo valeu a pena. De que tudo foi a base para um voo ainda maior.
(Meu caros amigos, vistamos nossa coragem e corremos em busca de todo tempo perdido, busquemos em nosso interior a essência que precisamos para cumprir essa jornada e nunca deixemos perdido o sentido disso que nós chamamos de amizade.

Em meu peito eu cultivo o jardim de alegrias e amores que vocês me proporcionam).

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