domingo, 27 de julho de 2014

Mais um sobre esse desgraçado amor


Já dizia BukowskiO amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.
E é realmente isso. Infelizmente não temos a capacidade de sair da nossa zona de conforto, esse mar fechado ao qual deleitamos nossas noites. O problema é que nesse de mais de dez mil outras pessoas no mundo, nosso mar fechado encontra outro mar fechado. Viramos praia. Tal praia que fica só, vazia. Praia deserta. Tubarões se deliciam com a areia que o vento carrega.Tudo se torna mera lembrança. Esqueça.Corra.Encontre outro oceano.Não há como. O devaneio é este oceano e se ele seu não for, deseje o melhor. Eu seria seu melhor.Mas não o fui.
Se este mar de defeitos escolheu outro lugar para fazer moradia, deseje no mínimo felicidade. "O faça bem" é o que eu digo. O faça.Desfaça.Minhas memórias perdidas num chão qualquer.
E as atendentes dos bares irão perguntar qual ocorrido. Bem - direi - foi o pedaço de mim que se foi, a foda que se perdeu, o beijo que se despediu. Mas na realidade, foi o amor que se foi. O oceano foi e o levou junto.Solitário.Inamável.Esquecido."Por favor, não se esqueça de que aqui estou".

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Do "Fatos de Luíza" no tumblr eis que termino por encontrar teu blog! Acho que contentamento resume o que esse encontro me proporcionou! Vou ler teus escritos agora, a julgar por esse primeiro poema, acho que vou também vou gostar muito aqui! :)

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