sexta-feira, 5 de abril de 2013

Mas no fim, o que será?

Então é sexta feira amor, sexta feira...
Há dois dias eu estava a fazer uma atividade de uma "matéria" extra da escola, onde eu deveria me auto avaliar, e isso me colocou a refletir, pensar mais sobre como sou e como ando a viver. No começo foi fácil, mas depois fui entrando em áreas já escondidas dentro de mim, coisas que eu havia deixado pra trás, como o gosto de um sentimento bom, como o prazer por fazer coisas novas, como exatamente o gosto da vida, aliás a muito tempo eu andava tão... Tão sem rumo, por assim dizer. Achava tudo errado, até eu mesmo, me prendia nas películas dos livros e dos filmes, achando que um dia minha vida seria igual, que um dia eu seria a Amelie, mas aí descobri, quer dizer, relembrei que não é assim que as coisas andam.
Não tem como citar tudo isso e não me lembrar de One Day, sim, é só um livro, mas é um livro que retrata MINHA VIDA e minhas expectativas nesse mundo, é tão real, tão possível entende? E nesse sentido me coloco como Em nesse momento de minha vida, há dois dias comecei então a pensar se um dia eu conseguiria um amor, um bom trabalho, uma boa vida, sim aceitar de vez a vida, e percebi então que não é uma questão a se colocar, é só não deixar a vida escorrer, é questão de batalhar mais e pensar um pouquinho menos no que será possível, é dar a cara a tapas mesmo, encarar tudo de frente, sabe, bem ditadura mesmo.
E voltando ao ponto Em, eu me sinto como ela, realmente, seriamente. E vou assim caminhando entende? Não tão na promiscuidade, ou a bebida, ou o cigarro, nada disso. Estou indo aos pequenos prazeres da vida, mesmo sendo ranzinza, mesmo não acreditando ainda que um dia eu possa encontrar alguém, mas isso é o de menos, como citei no texto anterior, não é questão de mudar todo o mundo, mas sim uma parte ao meu redor e sim, eu vejo hoje que estou conseguindo e que vale a pena. E aí olho um pouco pra trás, e vejo que enquanto no mundo da perversidade eu vivia as coisas eram tão mais complicadas...
E hoje eu acordei com uma coisa nova dentro de mim, mesmo tão errante, mesmo tão cheio do nada, mesmo ainda tão rascunho, acordei feliz. Coisa que em tempos não fazia, coisa que em MESES eu achava impossível acontecer. E aí você que agora isso lê deve pensar que sou só eu e a tristeza, certo? Errado, percebo hoje, que a felicidade está ao meu lado, que tudo anda se transformando e que sim, estou conseguindo minhas vitórias a tempos alcançadas. Mas não pense que sou completamente feliz, aliás, ninguém é. O passado deixa marcas, e essas se refletem por toda a vida, certo?
Mas hoje caminho mais normal, não me importo tanto com coisas irrelevantes, sou feliz comigo mesmo (acho que agora você entende o por quê de tanto citar One Day nesses meus últimos textos), caminho com um sorriso no rosto, caminho com um "olá" na boca, e ah, talvez um pouco de esperança. Mas mesmo assim ainda sou o velho ser, ainda sim me prendo nas películas dos livros e dos filmes. Ah, deixe-me com isso, é parte.
E no fim, o que será? Na realidade eu não sei, só sei que entre esse meio e o fim eu quero errar de mais e acertar também, quero amar de mais e ver que valeu a pena, quero mudanças e mesmices, quero tudo o que eu puder e até o que não puder. Quero aperfeiçoar minhas opiniões. Quero simplesmente ver que o passado valeu a pena.
Como disse, hoje acordei com essa felicidade, isso é bom, e sim à você que leu toda essa droga de sentimentalismo barato, eu desejo uma ótima vida. Ah, vá correr na rua e ser feliz, corra e procure a felicidade independente de tudo. Agora, um brinde por favor, à nossas vidas, à nossa felicidade.


“Acho que você tem medo de ser feliz, Emma. Parece que pensa que o caminho natural das coisas na sua vida é ser triste, sombria e macambúzia, e odiar seu emprego, odiar o lugar onde mora e não ter sucesso nem dinheiro, e Deus a livre de um namorado (e uma pequena digressão aqui: esse negócio de não se achar bonita está ficando meio chato). Na verdade vou mais longe: acho que você gosta de se sentir frustrada e ter menos do que queria ter, porque isso é mais fácil, não é? O fracasso e a infelicidade são mais fáceis, porque você pode fazer piada com isso.”
David Nicholls - Um Dia

Igor Passos

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