Cá chega um momento em que é difícil raciocinar, é difícil querer saber resolver. Algo como proporcionalidade, direta e inversamente, é uma bagunça, uma bagunça inversamente proporcional que se forma dentro de ti, de mim até. O problema é que esta confusão não se resolve com uma divisão do termo que antes multiplicando estava, é algo mais complicado, mais demorado e efusivo. No começo, assim como esse amontoado de palavras, é complicado tentar saber o final, ou do que se trata, mas sim, é sobre amor que estamos falando (droga, eu queria falar sobre machismo e feminismo nesse texto, mas me sinto na obrigação de falar sobre... Amor e amar) e é sobre ele que temos que aprender a lidar... O que acontece de fato no começo é que sempre achamos que será um emaranhado de alegrias e fadas madrinhas, mas o que esquecemos é que todo carnaval tem seu fim, ou como diz Martha Medeiros, todo paraíso precisa ter um pouco de inferno, e é isso que acontece! Quando começamos a nos apaixonar, ficamos cegos, blindados contra o mundo, esquecemos que coisas se movem ao nosso redor e temos visão ao apontado amor. Planejamos um futuro, nosso problema maior, planejar, planejar sem planta, sem certezas ou até mesmo sem considerações. E aí vamos seguindo em segredo, cada palavra amorosa em segredo, seu coração pulando pra fora com um 'oi', os defeitos se tornam qualidades, e o pior, tudo começa a ser motivo de má pressentimentos, e aí entra a parte da Martha Medeiros, o inferno começa aí, o sofrimento, o resfriamento começa quando tudo se torna fusco, cinza, escuro. Ainda existe amor, ainda existe aquela sede de ter, mas também existe ciúme, carência e casais nas ruas, só pra foder mais teu coração. E aí chegamos ao começo do texto (mas que confusão, nossa!) esse é o momento que se é difícil de raciocinar, é o momento que não se sabe como resolver, nesse momento você acaba mais blindado ainda, mais cego, mais BURRO, mais tudo de ruim, não consegue ver ao seu redor, mais uma vez se prende ao fixo amor e o que acontece? Fuck your heart oh baby, oh yeah. E os dias começam a se arrastar e a cada minuto se torna mais difícil prosseguir sem resposta, correto? Sim, correto. E o que fazer então para tudo isso? Como Careful (paramore) diz: Abra seus olhos e veja, é só o mundo real. É isso que você deve ver, enquanto tu choras instigadamente, o outro lá sorri, continua a vida, sai com os amigos, lê, vê filmes e nem lembra de você. Então quer dizer senhor Igor que eu sou o errado e não conseguirei seguir? Não, não é nada disso, pelo contrário, você é total capaz de seguir e isso de abrir os olhos é o primeiro passo, comece a ver que tua vida é composta por outras coisas, por outros seres, outras cores, outros gostos! Saia na rua, comece a olhar a tua volta e perceber que enquanto ele não tá nem aí pra você, tem gente que daria até a vida por um sorriso teu e são essas pessoas que você deve, ou deveria valorizar, são elas que farão teu dia um pouco melhor, te ajudaram a voltar ao que antes era. E não digo que essas pessoas terão sentimento amoroso por ti, pode haver sim alguém e aí você entra mais uma vez com o coração todo lascado, valendo menos que uma pedra, mas dessa vez você será o paciente e a pessoa... O médico! Este irá ajudar a reconstruir tudo aquilo que tu perdeste, e aí verá: Não era o certo aquele passado, agora chegou a hora. Volto a citar o inferno: Neste momento ele ainda existirá? Sim, só que em outros olhos, com outro significado, nesse momento o inferno será mais paraíso que o próprio. E por fim e determinação de fim, o amor só é pra quem tem meu bem, e se hoje você se vê cabisbaixo com a vida por causa deste, ah, levanta a cabeça e perceba que aqui ou ali, até na tua frente alguém te valoriza, alguém quer transformar teus dias cinzas em azul vinil, e cabe apenas a você saber se vai ou não aceitá-la. Não tenha medo de amar aquele que te ama, essa deve ser a lição mais praticada em todos os momentos.
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