quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A flor(?)

Certas flores são raras, precisam de cuidados especiais para florir, desabrochar. Sou assim, uma flor… Quero, ou melhor dizendo, preciso de cuidados. Cafuné pela noite, longos beijos, belos almejos. Algo que seja recíproco. Mas afinal, quem será meu cultivador? Será que esse desejo se realizará e deixará de ser utopia? Sou como uma flor, desabrocho, cresço e por fim morro. Mas não agora, não nesse momento, aguento forte, falta-me água, adubo, carinho, conversas… Falta você. Eu sei, pareço tão clichê, mas é a realidade: Dei-me à ti, mas tu me ignoraste. E agora sofro… Procuro pelo sol dos teus olhos, esses cabelos bagunçados pelas minhas mãos e sofro e sofro… E esse relicário de memórias que vem a invadir minha mente, a porta do coração bate, adivinha quem é novamente? Sim, a nostalgia, nostalgia futura, nostalgia de nosso futuro. E nada muda, parece que a flor se mortificou e parou no tempo. Parou para esperar o que há de cultiva-la. E ela há de espera-lo. Mesmo que as noites pareçam tão gélidas, eu vou esperar, olhar-te-ei no céu, céu florido pelas estrelas, estrelas brilhantes, cintilantes, cintilam teus olhos, fazem jus a eles. [A flor está morrendo, corra, vá a teu encontro!] Hei de esperar, sem exitar, sem medo, sem pressa, terei cautela. E quando tu chegar, abrirei a porta de minha vida, de meu coração… Serei a flor mais bela de teu jardim, terei teus cativos, terei a vida, serei, além da mais bela flor, a mais radiante. Radiarei em teu sorriso.

Igor Passos

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