quinta-feira, 7 de março de 2013

E tudo que eu quero te dizer, eu já cansei de escrever...

Há um tempo que não venho dizer-vos algumas palavras, falta-me realmente o tempo e a paciência ultimamente, mas cá estou eu. Hoje não tenho motivos tão especiais para aqui estar, eu realmente deveria estar dormindo, me caindo em sonhos, pois fazem exatos dois dias que não sei o que é pregar os olhos. Mas deixemos as enrolas para outro momento.
Nesse resíduo de texto venho falar sobre um assunto tratado ontem na aula de sociologia. É, eu amo sociologia, talvez a única matéria que eu tenha total entendimento e vontade de aprender... Ontem tratamos um pouco sobre o que é ser uma pessoa autônoma para a sociologia, muitos de meus colegas usaram o senso comum para responder, mas não o usarei nesse texto. Primeiramente, uma pessoa autônoma para a sociologia é aquela que não segue as mentiras impostas pela sociedade, não segue certos padrões. Tem seus próprios pensamentos e atitudes sem levar tanto em consideração a moda, ou o que os jornais condizem. Mas meu intuito principal deste momento (perdão pelas delongas, mil perdões mesmo!) é falar sobre esse ser autônomo, o que é isso? Pra quê serve e se hoje em dia se é realmente aplicado.
Bom, como sabem eu tenho 15 anos, nasci numa geração muito mal vivida. Sério, hoje a grande maioria se acha o super autônomo socialmente bem visto, fingindo pra si mesmo estar em um episódio de Skins ou então em um filme americano dos anos 2000. E nisso eu me sinto deslocado, e fico a observar. Pois compare: muitos, mas muito mesmo que conheço, até mesmo colegas, se dizem ser autônomos, batem no peito jurando ser o "bam bam bam anti sociedade brutal 666", mas acaba se alienando mais do que os próprios seres que confirmam estar na moda, estar de acordo com as novelas, com a música momentânea e afins, acabam tentando sair de uma coisa tão fútil que entra em outra pior ainda: a falsa direção do ser. Bom, por exemplo: tenho alguns colegas que até citei a situação em um texto passado, mas é mais ou menos a mesma coisa, eles se diziam próprios, diziam ter gostos e risos próprios, e aí com uma certa mudança de amizades mudaram completamente, como se fossem cachorrinhos seguindo os passos dos donos. E isso acaba com uma pessoa, acaba sendo uma possessão, uma auto possessão. E me dá nojo, me dá raiva até. É uma coisa que pode até ser comparado como crack, começa bom mas deforma a pessoa, o que faz uma pessoa ser diferente da outra são realmente suas diferenças. Mas se você é alienado, acaba se tornando preso a um sistema completamente "igualitário", onde todos se tornam iguais, todos parecem robôs.
Mas afinal, o por quê disso tudo, logo agora pela manhã? É que eu cansei de ficar guardando essas coisas, e ficar vendo tanta alienação barata, tanta mediocridade. Se todos percebessem que ser diferente às vezes é bom, as coisas seriam bem mais diferentes. E não digo ser "revoltado punk since 1960", nada disso (mas bem que seria uma sociedade muito mais interessante...), mas digo seguir aquilo que tu gostas, o que te faz bem! Ver que tudo o que te impõe pode ter falhas para você, pode não te completar. O mal da sociedade de hoje é exatamente esse: Aceitar tudo calado. Se começássemos a nos questionar sobre o porque disso tudo, veríamos que muitas coisas só são realmente mídia e que existe toda uma cultura que pode ser descoberta. Sabe, eu valorizo muito o valor próprio, eu valorizo aquele que não segue as coisas só por seguir. Eu valorizo essas pequenas coisas, acho que quando há uma essência própria, as coisas melhoram. E é isso, diga não a tua alienação. Diga não a essa mesmice de sempre. Veja que seguir só por seguir, te transforma em algo vazio e de vazio as pessoas já tem muita coisa. Acho que o cheio de novas experiências pode proporcionar muito mais. E é isso... Desculpem o mal jeito, a falta de nexo e toda essa bagunça, mas é  o que eu precisava falar.

Igor Passos

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